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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Eu sou amada

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Merecemos ser amadas
 
 

Meninas, hoje eu quero contar um pouquinho de como é bom ter alguém bom do seu lado.

Espero que vocês vejam isso como uma reflexão de como a gente tem que ter pessoas boas ao nosso redor; claro, muitas poderão ler o que eu vou falar aqui como "não fez nada mais que a obrigação", mas infelizmente, devido a estrutura social em que estamos condicionadas, a corda para o nosso lado, mulheres (majotariamente), acaba sendo mais grossa e nós acabamos tendo que fazer mais força, nos atando a ideia de que o nosso esforço é o mais necessário e o suficiente para que um relacionamento dê certo. As vezes, um relacionamento tóxico, frágil, abusivo nos faz achar essas coisas. E acabamos nos obrigando a concluir que... eles (ou elas) não precisam se esforçar para que o nosso amor dê certo. Achamos que o nosso amor, exclusivamente da nossa parte, é o suficiente.

Mas não é para ser assim.
 
 

O amor, dentro do relacionamento saudável, não deveria ser um corda de um cabo de guerra, como eu fiz alusão aí em cima. Eu imagino que deveria ser uma corda de pular, em que os dois (ou mais, né? Quando todos estão de acordo, está ok), seguram os dois lados e brincam de pular corda. Em harmonia.

Para quem não sabe, breve história de amor (a minha): eu conheci o Moisés pelo Tinder, namorados por alguns meses a distância e fomos nos conhecer pessoalmente no aeroporto. Depois disso, não desgrudamos mais - real oficial.

Ele era alguém bem desacreditado no amor e eu achava que nada daquilo um dia aconteceria comigo porque eu sou AZARADA, e muito. Superando a expectativa de todo mundo, inclusive as minhas e as dele, nós nos casamos.

(O que eu quero falar não é sobre isso, mas precisei contextualizar vocês)

Eu tenho um histórico meio debilitado de me sentir aceita e amada. Nunca faltou amor da minha mãe e afeto da minha família; mas a rejeição do meu pai e o meu medo absurdo de não ser bem-vinda/aceita, sempre copilou para que a minha autoestima fosse atacada. De qualquer maneira. quando eu conheci o Moi, meu Moizinho, eu pude sentir o que era ter um amor. Ele sempre se declarou por mim por horas e horas, da Argentina, me mandava fotos, áudios cantando e falando em espanhol, se declarando e com mil textos, me fazendo ter a garantia de que o ele senta por mim era genuíno.


Hoje, mais de um ano e meio juntos, de corpo (carne-e-osso) e alma, eu sei que tudo dele é real.

Ele vira e mexe me manda uns e-mails do trabalho, a maioria sempre tem um eu te ama, fica comigo, e tô com saudades. Um em especial fez eu ter um start e eu me toquei: é, ele me ama. Ele falou que estava orgulhoso pela minha Iniciação Científica ter sido aprovada, que eu merecia a bolsa, e que era para eu estudar, para eu poder alcançar meus objetivos.

Com essa mensagem, eu vi que ele acredita no meu potencial - coisa que gente... por favor, eu me vejo como a maior vergonha da pesquisa no Brasil e mundo (rindo muito ao ponto de tá em posição fetal e chorando e clamando, Jesus... me leva) -, mas e ele? #EleNão. Ele me pergunta, ele me questiona, dá puxão de orelha (e eu ainda ouso ficar brava), me acompanha pra comprar os materiais de papelaria que eu quero para poder pesquisar, ele me dá dicas, me indica abordagens, SONHA E QUER me ver falando sobre a dita pesquisa pelos congressos que eu puder ir, porque ele fala que quer ser o primeiro a bater palmas quando eu terminar a minha fala.

Eu sinto meu coração encher de amor de Moi quando ele me apoia e me deseja forças para a minha pesquisa. Eu sinto o amor dele aqui.

Eu tenho problemas de auto estima sérios. Tristes. E que me fizeram passar metade das minhas férias encolhida na cama, querendo chorar e sumir.

Quando ele soube (nunca passei por uma crise de querer desligar com ele aqui, perto), ele chegou do trabalho, se trocou, desligou a luz, deixou o celular de lado e com um sorriso, se deitou comigo e me abraçou, enquanto eu só queria chorar.

Ele me preencheu de amor com isso.

Semana passada, eu surtei do nada.
Chorei muito. Eu tava confusa. Triste. Desanimada. Me sentindo um fracasso.

Ele tirou as coisas da cama. Me deitou. Deitou junto. Me abraçou. Ficou me ouvindo chorar e me fez cafuné, enquanto falava que tava tudo bem, ele tava comigo e que me amava.
No dia seguinte, surtei de novo. E ele continuou abraçado. Não ficou me questionando, me pressionando para falar o porquê da cena. Nem querendo que eu melhorasse logo. Só falava que me amava e me queria bem, e ele que estava comigo.

Ele está comigo nos meus melhores e mais felizes momento. E aguenta os meus piores e mais sombrios momentos junto comigo. Me dando forças.

Eu estou escrevendo isso porque, é, de fato, teoricamente ele ta fazendo a obrigação dele como parceiro (ou nem isso... as vezes quando eu to gritando que quero ficar sozinha, ele não me deixa só e fica comigo, até eu me acalmar). Mas, eu tenho também vejo que ele não faz essas coisas por obrigação ou por um dever a ser feito. Ele faz porque me ama e me quer bem. Enquanto em um passado, houve quem disse que eu não merecia ser amada e que não me contariam x coisas porque eu ficava triste fácil demais.

Tenham pessoas assim do lado de vocês; que não só lhe ofereçam um amor saudável, mas também, apoio, afeto e carinho. E que façam vocês se sentirem merecedoras disso. E não que estar com vocês seja um fardo a ser carregado e que o apoio ou amor, seja um motivo para ser grata a ele ou ela. Estão me entendendo? Espero que sim (qualquer coisa a gente se resolve nos comentários).

Eu amo esse ómi demais. E eu sempre tentarei fazer o que está ao meu alcance para poder retribuir cada gesto, amor, carinho, atenção e acolhimento que ele me faz sentir quando estamos juntos. Espero que nossos anos continuem se multiplicando com a força do amor e admiração que eu tenho por ele.
Com todo amor,
Ket.

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